Taxa de desemprego no Brasil cai para 6,9%, menor nível desde 2015

Agência Brasil
Desemprego
Em 31 de Julho de 2024 às 15:34
Edição de PEonline

Desemprego atinge o menor resultado em quase uma década, impulsionado pela melhora econômica e geração de empregos formais e informais

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho, atingindo o menor patamar para um trimestre desde janeiro de 2015, quando também registrou 6,9%. Esse resultado iguala o menor nível já registrado no período de três meses até junho, repetindo a marca de 2014. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre anterior, encerrado em março, a taxa de desemprego estava em 7,9%, enquanto no segundo trimestre de 2023 era de 8%. O índice atual é menos da metade do pico da série histórica do IBGE, registrado em março de 2021, quando a taxa chegou a 14,9% durante o auge da pandemia de Covid-19. A série histórica começou em 2012, e o menor resultado já registrado foi de 6,3% em dezembro de 2013.

População ocupada atinge novo recorde

O número de pessoas procurando trabalho ficou em 7,5 milhões no trimestre encerrado em junho, o menor desde fevereiro de 2015, representando uma queda de 12,5% em relação ao trimestre anterior e de 12,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. A população ocupada renovou um recorde, atingindo 101,8 milhões de pessoas, 1,6% a mais que no trimestre anterior e 3% superior ao mesmo período do ano passado.

Melhora nas atividades econômicas

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, destacou que as altas na ocupação ocorreram principalmente nos setores de comércio, administração pública e atividades de informação e comunicação. "O mercado de trabalho vem respondendo satisfatoriamente à melhoria do quadro macroeconômico, com crescimento do contingente de ocupados e também de empregos com carteira assinada, além da tendência de aumento do rendimento médio dos trabalhadores", afirmou.

Beringuy acrescentou que os resultados atuais não podem mais ser atribuídos apenas à recuperação pós-pandemia, mas também ao funcionamento da atividade econômica em um cenário favorecido por medidas macroeconômicas que promovem a absorção de trabalhadores.

Crescimento dos empregos formais e informais

O número de empregados no setor privado também atingiu o máximo já registrado, com 52,2 milhões de pessoas, impulsionado por recordes tanto de trabalhadores com carteira assinada (38,4 milhões) quanto sem carteira (13,8 milhões). "O emprego com carteira no setor privado está crescendo simultaneamente ao sem carteira, com a população formal crescendo em ritmo maior que a informal", explicou Beringuy.

A taxa de informalidade ficou em 38,6% do total de ocupados, contra 38,9% no trimestre encerrado em março e 39,2% no mesmo trimestre de 2023. O nível de trabalhadores que contribuíram para a previdência também atingiu um recorde, com 66,4 milhões de pessoas, representando 65,2% da população ocupada.

Redução na população desalentada e aumento do rendimento

A população desalentada, que desistiu de procurar emprego, recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho, uma redução de 9,6% em relação ao trimestre anterior, o menor contingente desde junho de 2016. O rendimento médio do trabalhador foi de R$ 3.214, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual, o maior desde setembro de 2020. Com mais pessoas ocupadas e o aumento do rendimento médio, o Brasil registrou um recorde na massa de rendimentos, que chegou a R$ 322,6 bilhões.

Comparação com dados do Caged

A divulgação do IBGE ocorre um dia após os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, que mostrou um saldo positivo de 201.705 empregos com carteira assinada em junho, uma expansão de 29,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano até junho, o saldo é de 1,3 milhão de vagas e, nos últimos 12 meses, 1,7 milhão.

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