Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que, em 17 dos 26 estados, o partido do governador também conquistou o maior número de prefeituras nas últimas eleições, consolidando sua força nas esferas municipais. Esse desempenho destaca o papel influente dos governadores no direcionamento das eleições municipais e na articulação partidária em seus estados.
Entre os exemplos mais notáveis está Alagoas, onde o MDB, liderado pelo senador Renan Calheiros e pelo ministro Renan Filho, venceu 63,73% das prefeituras, um recorde histórico no estado. O partido conquistou 65 prefeituras, superando o PP de Arthur Lira, que ficou com 27. No cenário nacional, o Republicanos também se destacou: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, contribuiu para dobrar as prefeituras do partido, passando de 213 para 435. Com 84 prefeituras em São Paulo, o Republicanos obteve um crescimento significativo em comparação a 2020, quando tinha apenas 23.
Outros estados apresentaram avanços importantes. Em Pernambuco, a eleição de Raquel Lyra em 2022 impulsionou o PSDB, que passou de cinco para 32 prefeituras, superando o PSB, que dominava o estado desde 2008. No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro alavancou o PL, que agora comanda 22 prefeituras, consolidando-se como o maior partido do estado.
Até mesmo partidos que enfrentam desafios em nível nacional se beneficiaram da influência de governadores. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o PSDB de Eduardo Leite teve um desempenho melhor do que em 2020, elegendo 35 prefeitos, e no Piauí, o PT conseguiu eleger 61% dos seus prefeitos nos estados governados pelo partido, como Bahia e Ceará.