Aos 41 anos, armador decide encerrar carreira na seleção brasileira com participação nos Jogos de 2024, após destaque no Pré-Olímpico de Riga
Marcelo Tieppo Huertas, nome que por duas décadas figurou nas convocações da seleção brasileira masculina de basquete, escreveu um último e importante capítulo em sua história com a camisa verde e amarela. Aos 41 anos, Marcelinho Huertas decidiu voltar à seleção brasileira pouco antes do Pré-Olímpico de Riga, onde o Brasil garantiu sua vaga nas Olimpíadas de Paris ao derrotar a favorita Letônia.
Marcelinho, que havia se despedido da seleção após uma jornada frustrante no Mundial de 2023, não estava em paz com sua decisão anterior. "Depois que acabou o Mundial no ano passado, refleti por muito tempo. Estava com a ideia de que tinha sido a minha última vez com a seleção brasileira. Mas, quando foi se aproximando o Pré-Olímpico, achava que merecia um final melhor que o de 2023. Inclusive, a minha esposa me incentivou muito. Tivemos que fazer mudanças. Não foi fácil, mas foi a decisão que eu achava mais importante para mim, para terminar com um bom sabor. Mesmo não sabendo se íamos às Olimpíadas, eu precisava jogar pela seleção e escutar o meu coração", disse Huertas.
A volta do armador foi tema de uma coletiva do técnico Alexandar Petrovic, que reassumiu a seleção brasileira em abril deste ano. Petrovic contou que recebeu uma ligação de Marcelinho, se colocando à disposição para jogar, oferta que foi prontamente aceita.
No Pré-Olímpico de Riga, Huertas participou dos quatro jogos do Brasil, com médias de 11,5 pontos, 5,3 assistências (líder da seleção) e quatro rebotes por partida. Sua atuação foi essencial para a conquista da vaga olímpica. Marcelinho afirmou que esta será sua última participação com a seleção, uma despedida definitiva.
"Estou muito feliz e honrado. Vestir essa camisa desde 2004 é motivo de orgulho extremo. Sei da dificuldade enorme que é chegar à seleção brasileira, e conseguir ficar por tanto tempo é um mérito muito grande. Eu me considero uma pessoa de sorte por ser capitão da equipe desde 2010 e ter representado o meu país da melhor maneira que pude. Depois daqui, é voltar a competir pelo clube (Tenerife, da Espanha), mas já sabendo que esse capítulo da seleção brasileira acaba", comentou Marcelinho.
Marcelinho Huertas vai disputar sua terceira edição de Olimpíadas, após participar de Londres 2012 e Rio 2016. Apesar da experiência acumulada, ele garante que a empolgação para os Jogos de Paris é a mesma. "Ir às Olimpíadas é um prêmio muito grande em qualquer modalidade, ainda mais no basquete, sabendo da dificuldade para conseguir a classificação. A emoção é a mesma, sendo a primeira, a segunda ou a terceira participação. É realmente incrível vivenciar esse momento e aproveitar. Lógico que iremos em busca de um sonho. Queremos entrar na briga direta nas quartas de final para tentar conquistar um sonho, não só nosso, mas de centenas de milhões de brasileiros."
Focado em encerrar em alto nível sua trajetória na seleção brasileira, Huertas vem de uma temporada marcante, sendo eleito MVP da Liga dos Campeões da FIBA e se tornando o maior assistente da história da liga espanhola de basquete.
Veja os grupos do torneio masculino de basquete nas Olimpíadas de 2024:
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