Novo sistema de meta contínua de inflação entrará em vigor em 2025

Sistema de meta contínua de inflação
infação
Em 22 de Julho de 2024 às 12:23
Edição de PEonline

Expectativas de inflação e crescimento econômico são ajustadas pelo mercado financeiro

A partir de 2025, o Conselho Monetário Nacional (CMN) adotará um sistema de meta contínua para a inflação, o que elimina a necessidade de definir uma nova meta anualmente. Em junho deste ano, o CMN estabeleceu o centro da meta contínua em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que a inflação pode variar entre 1,5% e 4,5% e ainda estar dentro da meta. Em junho, a inflação foi de 0,21%, influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, após registrar 0,46% em maio.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) aponta que, em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula uma inflação de 4,23%. De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (22), a previsão para o IPCA deste ano aumentou de 4% para 4,05%. Para 2025, a estimativa para a inflação permanece em 3,9%, enquanto para 2026 e 2027, as projeções são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

Embora a estimativa para 2024 esteja acima da meta de inflação de 3%, ela ainda se encontra dentro da margem de tolerância estabelecida. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic, atualmente fixada em 10,5% ao ano. Após um ciclo de aumento de juros que durou de março de 2021 a agosto de 2022, o BC manteve a Selic em 13,75% ao ano por um ano, antes de iniciar cortes na taxa em resposta ao controle dos preços. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em junho, a Selic foi mantida nesse patamar, após sete reduções consecutivas.

As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro também foram ajustadas. O mercado financeiro elevou a expectativa de crescimento para 2024 de 2,11% para 2,15%. Para 2025, a previsão de expansão do PIB é de 1,93%, com estimativas de 2% para 2026 e 2027. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões, superando as projeções anteriores. Em contraste, o crescimento em 2022 foi de 3%.

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